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Especialista elenca os principais erros de quem quer empreender no digital

Foi para salvar seu escritório, AFO advogados, da crise financeira provocada pela pandemia de covid-19 que a advogada Flávia Maria de Oliveira, 39, se especializou em direito digital. “No começo da pandemia, a maioria dos meus clientes estava passando por dificuldades financeiras, sendo que, só os que trabalhavam com internet, como os influenciadores digitais, estavam prosperando. Por isso, resolvi me especializar neste nicho”.

Oliveira sempre se interessou por empreendedorismo e por questões empresariais. “Desde que saí da faculdade de direito, com 21 anos, sabia que queria trabalhar com direito empresarial. Por isso, em 2004, abri meu escritório em Santo André, na região do ABC paulista”. Porém, apenas com a crise provocada pela pandemia, a advogada resolveu se especializar na área digital. “Percebi que o meio digital era muito rico em oportunidades e inexplorado pelos advogados. Com a pandemia, o comércio virtual aumentou rapidamente e a necessidade de assistência jurídica também”, conta.

Atualmente, Oliveira atende, principalmente, influenciadores digitais e agências de lançamento digital, que são responsáveis pela divulgação de novidades no mundo virtual. A advogada conta que muitos dos seus clientes usam a internet para monetizar os seus negócios, seja com a venda de cursos online, da sua imagem ou de produtos. “Quanto mais eu pesquisava e me especializava no nicho digital, mais nós crescíamos. Tínhamos 8 pessoas na equipe e passamos para 12. Hoje, já triplicamos o nosso faturamento em relação ao começo da pandemia e, até o final do ano, planejamos chegar a R$ 2 milhões”.

Além disso, ao perceber a relevância crescente do direito digital, a advogada resolveu dar cursos onlines para colegas da área e passou a empreender, também, no digital. Atualmente, o seu curso tem 200 alunos inscritos por todo o Brasil e a advogada tem 22 mil seguidores no Instagram, onde também divulga seus conteúdos informativos.

Ademais, há um mês, a sede física do escritório de Oliveira deixou de existir e o trabalho se tornou 100% remoto. “Acredito muito no dinamismo do modelo virtual e percebi que não fazia mais sentido arcar com os custos de um escritório físico. Hoje, tenho clientes que só conheço por videoconferências e minha equipe é composta por pessoas de diversos estados do Brasil”, conta Oliveira.

A advogada aponta, também, alguns dos erros mais comuns cometidos por quem empreende online:

Não detalhar os direitos de uso da própria imagem

Segundo Oliveira, muitos influenciadores digitais trabalham monetizando a sua imagem para empresas. Porém, muitas vezes, estes acordos são feitos de forma informal, por telefone ou até por mensagem, o que, mais tarde, pode resultar em complicações legais.

Por isso, a advogada destaca a importância da existência de contratos detalhados que regularizem este serviço. “É importante que sejam acordadas, por exemplo, as datas de início e fim do direito de uso da imagem pela empresa. Isso porque, depois de um longo período de tempo, é possível que a marca e o influencer não tenham mais os mesmos objetivos, o que pode gerar conflitos”.

Não registrar devidamente os produtos monetizados

Cada vez mais, as pessoas têm utilizado a internet para vender produtos e serviços. Para se proteger de abusos digitais, os produtores de conteúdo devem fazer o registro formal da sua marca e dos seus produtos junto ao órgão responsável. Caso contrário, poderão ser vítimas de pirataria digital, isto é, estarão mais suscetíveis a terem seus produtos reproduzidos sem autorização.

Não formalizar os serviços da equipe

Outro erro comum dos empreendedores digitais é o descuido em relação aos contratos da equipe. Para evitar litígios trabalhistas é necessário que se estabeleça uma definição formal dos direitos e deveres de todos que prestaram serviços em prol da produção de conteúdo, como por exemplo, os videomakers ou assistentes de produção.

Oliveira acredita que todos estes erros ocorrem por ainda estarmos num momento embrionário do comércio digital. Segundo ela, a tendência é que o comércio digital cresça ainda mais nos próximos anos. “O principal público consumidor de aulas onlines no futuro, por exemplo, serão os adolescentes de hoje, que já têm afinidade com esta realidade”.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Publicado em 19/05/2021, às 08h35, por Lara Castelo.

https://revistapegn.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2021/05/especialista-elenca-principais-erros-de-quem-quer-empreender-no-digital.html


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