Uma pesquisa realizada pela empresa holandesa Rabobank, que atua na área de serviços financeiros, pontuou alguns dos impactos iniciais da pandemia do covid-19 no comportamento do consumidor brasileiro.
– Supermercados e farmácias registraram maiores vendas em março (3%) e início de abril (4,7%) em âmbito nacional, segundo empresas de pagamentos eletrônicos, em comparação com o mesmo período de 2019.
– As vendas no setor de serviços caíram 45% em março no Brasil.
– Bens duráveis caíram 33%.
– Na primeira semana de abril, os serviços caíram 73% e o turismo caiu 91%.
– Bares e restaurantes – 65% nas vendas na última semana de março e 71% na primeira semana de abril.
– Vendas on-line devem crescer significativamente este ano, com os supermercados registrando aumento de 80% em março, de acordo com um relatório da ABComm.
– Empresas de laticínios tiveram um aumento nos produtos básicos, como mussarela e queijos prato e leite UHT, já que os consumidores aumentaram significativamente suas compras de produtos básicos, antecipando as medidas de isolamento social.
– Linhas de produtos mais caros, como iogurtes, sobremesas e queijos importados, caíram. Isso indica que os consumidores estão buscando por alternativas acessíveis.
– Por enquanto, o cenário de base é de uma forte contração no segundo trimestre, seguida por um retorno ao crescimento no terceiro e quarto trimestres que permitirá recuperar o consumo na maioria dos setores-chave.
– Plataformas de entrega como Rappi e iFood são vencedores claros dessa crise e aumentarão ainda mais sua participação nas vendas de alimentos e bebidas como canal. É provável que seja um ganho permanente, pois os consumidores provavelmente estarão menos dispostos a sair para lugares públicos, mesmo quando o pior da epidemia terminar.
– Os restaurantes e mercados precisarão se adaptar a uma nova realidade, na qual as entregas representam uma parcela ainda maior de suas vendas gerais.
– Apesar de um difícil futuro pela frente, em 2020, os gastos do consumidor podem começar a se recuperar gradualmente no segundo semestre e até 2021, desde que os problemas de saúde se tornem mais controlados.
Fonte: Rabobank